Inclusão

Convivência, Alimentação e Inclusão

Incluir é respeitar: um passo importante para a convivência com o celíaco

Conviver com alguém que tem Doença Celíaca vai além de adaptar a alimentação, envolve empatia, escuta, cuidado e pequenas atitudes que fazem grande diferença.
Para quem precisa evitar o glúten por questões de saúde, o acolhimento começa quando o ambiente se torna seguro e respeitoso.

Nesta página, você vai aprender como tornar espaços como a escola, o trabalho, a casa ou o restaurante mais inclusivos e livres de riscos.

Alimentos que devem ser evitados por pessoas celíacas

A Doença Celíaca não é uma preferência alimentar. O glúten provoca uma reação autoimune no intestino e precisa ser completamente eliminado da rotina.

Fontes clássicas de glúten (proibidos):

  • Trigo, centeio, cevada, malte, espelta, triticale

  • Farinhas, massas, bolos, pães comuns

  • Cerveja, molhos à base de trigo, caldos industrializados

  • Aveia comum (a menos que seja certificada como sem glúten)

Atenção a alimentos que parecem seguros, mas podem conter glúten:

  • Frios e embutidos

  • Chocolates, balas e sorvetes

  • Temperos prontos

  • Snacks e salgadinhos industrializados

  • Suplementos alimentares e medicamentos

Dica de ouro: sempre leia os rótulos e procure por certificações confiáveis.

Contaminação cruzada: o inimigo invisível

Mesmo um alimento naturalmente sem glúten pode se tornar perigoso se tiver contato com superfícies, utensílios ou ingredientes que contenham glúten.

Exemplos práticos de contaminação cruzada:

  • Usar a mesma colher ou torradeira de um alimento com glúten
  • Cortar um alimento sem glúten na mesma tábua do pão comum
  • Preparar massas diferentes na mesma água
  • Reutilizar óleo de fritura de alimentos empanados com farinha

Ambientes de risco:

  • Padarias, buffets, escolas, cozinhas compartilhadas, festas de aniversário

Parece exagero? Para quem tem Doença Celíaca, traços mínimos de glúten já podem causar inflamações e crises sérias. Por isso, não basta “tirar o pão do prato” — é preciso evitar todo o contato.

Como tornar ambientes mais seguros e acolhedores

Em casa:

  • Separe utensílios, esponjas e potes exclusivos para o celíaco
  • Tenha áreas livres de glúten na cozinha
  • Explique às crianças sobre o que pode e o que não pode

Na escola:

  • Instrua professores e merendeiras sobre a dieta
  • Garanta lanche seguro nas festas e passeios
  • Promova rodas de conversa sobre respeito às restrições alimentares

No trabalho:

  • Adapte confraternizações e eventos coletivos
  • Evite comentários como “é frescura” ou “só um pouquinho não faz mal”
  • Inclua opções seguras em almoços e coffee breaks

Em restaurantes:

  • Peça detalhes sobre preparo e utensílios
  • Valorize os estabelecimentos com cardápio certificado e equipe treinada
  • Informe claramente que se trata de uma condição médica, não escolha pessoal

Respeitar o que o outro precisa é o que torna a convivência possível

A inclusão do celíaco começa com informação e continua com atitude. Estar atento aos riscos e propor soluções é uma forma concreta de mostrar cuidado.
Ser celíaco não é escolha, mas ser acolhedor é.