Câncer de intestino: sinais e sintomas que podem sugerir a doença

Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de cura

O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. 

Em média, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são registrados anualmente cerca de 40 mil novos casos da doença no Brasil (dados relativos a 2020). Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Os principais fatores de risco para o câncer do intestino são:

– Idade igual ou superior a 50 anos, nesses casos apenas 30% têm relação com histórico familiar de câncer colorretal;

– Excesso de peso;

– Alimentação pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras e consumo excessivo de produtos processados, como salsicha, linguiça, presunto, bacon, entre outros. A ingestão excessiva de carne vermelha também aumenta os riscos;

– Histórico familiar de câncer de intestino e dos cânceres de ovário, útero ou mama;

– Tabagismo;

– Consumo de bebidas alcoólicas;

– Doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn); 

– Exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama.

Sinais e sintomas do câncer de intestino: aprenda a identificar

Na fase inicial, o câncer de intestino geralmente não apresenta sintomas. Porém, conforme a doença evolui, os sinais mais frequentemente associados à doença são:

– Presença de sangue nas fezes;

– Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre, podendo ser alternados);

– Dor ou desconforto abdominal;

– Fraqueza e anemia;

– Perda de peso sem causa aparente;

– Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);

– Presença de massa abdominal.

Diagnóstico e Prevenção

O diagnóstico precoce do câncer de intestino pode ser feito por meio de exames como a colonoscopia, que deve ser realizada a partir de 50 anos de idade, independentemente de sintomas ou de histórico familiar, a cada cinco ou dez anos, ou em menor tempo, conforme o resultado do exame inicial e a partir da análise clínica realizada pelo médico. A colonoscopia reduz o risco de câncer de intestino em até 90%.

O médico também pode solicitar a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Esse exame, se realizado anualmente, reduz de 16% a 30% o risco de mortalidade após um período de dez anos. Se o resultado der positivo, o paciente é encaminhado para a colonoscopia.

Tratamento do câncer de intestino

É possível tratar e curar o câncer de intestino, principalmente quando ele é detectado precocemente. No estágio um, em que o tumor é muito inicial, a taxa de cura pode variar de 96% a 100%. Em um estágio intermediário (dois), essa taxa cai para 80%. No estágio três, as chances caem para 60%. No estágio quatro, quando há metástase (o câncer se espalha para outros órgãos), a chance de cura é menor que 15%.

A cirurgia é o tratamento inicial. Nela, parte do intestino afetada pela doença, assim como os gânglios linfáticos presentes dentro do abdômen, são retirados. 

O tratamento pode ainda incluir sessões de radioterapia associadas ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

O tratamento depende principalmente do tamanho, da localização e da extensão do tumor. 

Manter o peso adequado, praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável, não fumar e não se expor ao tabagismo são as melhores maneiras de evitar a doença.  

O câncer de intestino é um câncer silencioso e pode durar décadas sem que o paciente perceba qualquer sinal. Quando é descoberto, pode estar em estágio muito avançado. Por isso é importante estar sempre em acompanhamento médico e procurar um médico especialista na presença de algum sintoma.