O câncer colorretal, popularmente conhecido como câncer do intestino, é o tumor mais frequente do aparelho digestivo. Com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, foi criada a Campanha Março Azul, realizada pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP)
Leia o texto abaixo e saiba mais sobre a doença.
- O que é o câncer de intestino/colorretal?
A campanha Março Azul alerta a população sobre a importância da prevenção desta doença, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.
Este tipo de câncer é um tumor maligno que se instala no intestino grosso e no reto. A doença, normalmente, é silenciosa, por isso, o rastreamento regular pode, muitas vezes, diagnosticar o câncer de forma precoce, quando é mais provável que o paciente seja curado.
- Sintomas
Os sintomas relacionados ao câncer colorretal são amplos e podem também estar ligados a outros problemas intestinais, por isso, é fundamental investigá-los. No entanto, ainda assim, é importante ficar atento aos principais sinais sugestivos a doença, como:
- Presença de sangue nas fezes
- Dor ou desconforto abdominal
- Mudança no hábito intestinal: prisão de ventre, diarreia crônica, necessidade urgente de evacuar com pouco volume de fezes
- Dores na região anal ou sensação de intestino cheio, mesmo após evacuação
- Perda de peso sem causa aparente
- Vômito e/ou náuseas
- Gases ou cólicas
- Fatores de risco para o câncer colorretal
- Histórico familiar de câncer colorretal
- Pacientes com mais de 50 anos têm mais chances para desenvolver a doença
- Hábitos não saudáveis, em especial à alimentação rica em gorduras e carne vermelha e pobre em frutas, verduras e legumes
- Consumo excessivo de álcool
- Tabagismo
- O indício de outras doenças, como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e doenças hereditárias do intestino, também podem deixar o paciente mais propenso a desenvolver o câncer
- Sedentarismo
- Obesidade
- Diagnóstico do câncer de intestino/colorretal
A doença, em seu estágio inicial, raramente manifesta sintomas, por isso, o diagnóstico do câncer colorretal é feito, sobretudo, a partir de uma suspeita clínica e apoiado por exames solicitados, como:
- Teste de imunoquímico fecal (sangue oculto nas fezes)
O teste reage a uma parte da hemoglobina humana, encontrada nos glóbulos vermelhos do sangue.
- Colonoscopia
Permite observar toda a extensão do reto e do cólon. Se houver áreas com aspecto suspeito, o médico pode recolher amostras de tecido para biópsia.
- Colonoscopia virtual
Permite a visualização da localização de pólipos e o diagnóstico de lesões suspeitas, mas não permite recolher amostras para biópsia.
- Sigmoidoscopia flexível
Permite a visualização do interior do reto e parte do cólon para que possa detectar, ou até mesmo remover, qualquer anormalidade
Podem, ainda, ser usados como recursos para o diagnóstico do câncer os seguintes exames de imagem.
- Ultrassonografia
Reproduz imagens dos órgãos em tempo real, permitindo a visualização de massas na região pélvica e metástases hepáticas.
- Tomografia computadorizada e ressonância magnética do abdome e da pélvica
Ajudam a determinar o tamanho, a localização do tumor e a presença de lesões metastáticas.
- Ressonância endorretal
Verifica se houve a disseminação da doença, além da parede do intestino.
- Radiografia de tórax
Avalia as estruturas internas desta região para descartar a ocorrência de metástases pulmonares.
- Pet Scan
Permite a visualização da disseminação das células de câncer a partir da reação celular a fármacos específicos.
- Tratamento
O tratamento do câncer colorretal depende do tamanho, da localização e da propagação da doença, além de determinar intervenção cirúrgica ou mesmo endoscópica. A depender do caso do paciente, o tratamento pode incluir também a radioterapia associada ou não à quimioterapia. É importante ressaltar que, quando descoberto no início, as chances de cura para o câncer são altas, em torno de 80%.
- Prevenção
Uma vida saudável com a prática de atividade física, além de manter uma alimentação rica em fibra e vegetais, são fatores importantes para prevenir o câncer. Diante da presença de alguns dos sintomas, como citados anteriormente, procure imediatamente um especialista no trato digestivo. As doenças inflamatórias do intestino são fatores de risco para o desenvolvimento de tumores colorretais e devem ser monitoradas periodicamente.
Para mais informações sobre a Campanha Março Azul, acesse: www.marcoazul.org.br
*Este texto não substitui uma consulta médica. Em caso de dúvidas, consulte um profissional da área da saúde.