No mês em que é celebrado o Dia Nacional da Prevenção e Controle do Colesterol, FBG dá dicas sobre como identificar o problema
No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Prevenção e Controle do Colesterol. Esta data foi instituída no país com o objetivo de conscientizar sobre os riscos da hipercolesterolemia (colesterol elevado) e, assim, contribuir para reduzir as doenças cardiovasculares. No Brasil, essas doenças estão entre as principais causas de mortalidade.
O que é o colesterol
Mas, afinal, o que é colesterol? Ele é um nutriente essencial ao organismo e está presente na estrutura das células, onde forma ácidos biliares que atuam na digestão, entre outras funções. Apesar de ser necessário ao organismo, em excesso, ele pode fazer mal.
Os diferentes tipos de colesterol
Sempre ouvimos dizer que existe o colesterol “bom” e o “ruim”, mas, na verdade, ele é um só, o que muda é o seu meio de transporte.
O colesterol presente nas lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL (do inglês low density lipoprotein). O LDL leva o colesterol para todas as nossas células e, quando há excesso, ele pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas que aumentam o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Esse processo é conhecido como aterosclerose. Daí o LDL ser chamado de colesterol ruim.
As lipoproteínas de alta densidade, ou HDL (do inglês high density lipoprotein), por usa vez, tiram o colesterol das células para que seja eliminado. Com isso, evita o entupimento das artérias e é chamado de colesterol bom.
De onde vem o colesterol
O colesterol não advém apenas dos alimentos ingeridos, como muitos pensam. Cerca de 70% são produzidos pelo próprio fígado, enquanto apenas 30% advêm da alimentação. Mesmo pessoas magras podem ter colesterol alto. Isso porque os níveis dele dependem muito mais da taxa de remoção do colesterol pelo fígado, que é uma característica genética. Por exemplo, se a pessoa tiver um parente de primeiro grau (pai, mãe, irmãos) com colesterol alto, a chance de ela ter colesterol alto é maior.
Sintomas
O colesterol alto não costuma provocar sintomas. Porém, quando os valores estão extremamente elevados, é possível que haja alguns sinais clínicos, como o Arco Córneo, um halo esbranquiçado nos olhos que aparece em indivíduos abaixo de 45 anos; Xantelasmas, que são placas amarelas de gordura ao redor dos olhos; Xantomas, ou seja, depósitos de gordura amarelada na pele, em articulações ou tendões, como no calcanhar.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de um simples exame de sangue. É recomendado que todas as pessoas acima de 10 anos de idade tenham o seu perfil de colesterol avaliado pelo menos uma vez por ano. Quando os pais tiveram infarto ou doenças arteriais antes dos 55 anos, a avaliação deve ser feita em crianças a partir de 2 anos.
Tratamento
Com o diagnóstico, o tratamento do colesterol elevado deve ser iniciado e inclui mudanças no estilo de vida e, se necessário, o uso de medicamentos.
Na alimentação, por exemplo, é preciso evitar consumir alimentos gordurosos em excesso, particularmente os de origem animal, como leite integral e derivados, gema de ovo, carnes gordas, miúdos (moela, coração, fígado etc), frutos do mar (camarão, lagosta, mariscos, polvo, lula, caviar). Devem fazer parte do cardápio grãos integrais (como farelo de aveia e farinha de linhaça); peixes ricos em ômega 3 assados, como salmão, sardinha e arenque; alho; azeite e uva.
A atividade física também é importante. A recomendação é praticar pelo menos 30 minutos de exercício aeróbico leve (como caminhada, corrida, natação e bicicleta) cinco vezes por semana; ou 20 a 60 minutos de atividade física vigorosa três vezes. É importante consultar o médico para saber qual a intensidade e a frequência semanal mais indicada para cada um.
Fonte: Ministério da Saúde